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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O Que Fazer Com os Extintores Veículos Que Terão que Ser Trocados? É a Dúvida de Muitos Motoristas.



     O Brasil tem pela frente o desafio de descartar 20 milhões de cilindros cheios de um pó químico que estão fora da lei e da validade. A nova regra que mudou os extintores não criou nenhum sistema de coleta para aposentadoria dos antigos. Nem as autoridades de trânsito, órgãos de meio ambiente, nem os fabricantes. Parece que ninguém se preocupou como esse detalhe. 


     O Ivan Pinheiro Guimarães ainda não trocou o extintor pelo novo exigido e também não sabe o que fazer com o equipamento antigo. “O antigo geralmente a gente trocava pelo outro. Agora não sei, não sabemos de nada”, diz o trabalhador autônomo.

    E não é uma questão simples. Na verdade, é um problemão. O que fazer com os extintores de cerca de 20 milhões de veículos que terão que ser trocados? É a dúvida de muitos motoristas. “Ainda não sei porque as informações não estão claras”, diz a autônoma Salete Schols.  
    Segundo o especialista em resíduos sólidos não há risco de contaminação do solo. O pó químico não é poluente. O que preocupa é o destino dos extintores metálicos que vão ser descartados ao mesmo tempo no meio ambiente. Walter Plácido diz que faltou planejamento. “O cidadão tem que está informado. Os locais de venda desses equipamentos têm que estar informados e você precisa criar toda uma cadeia que absorva esse produto para que ele não se transforme em mais um problema ambiental no Brasil”, alerta o especialista.


   Em nota, o Departamento Nacional de Trânsito, Denatran, informou que não é responsável pelo descarte de extintores e disse que as informações podem ser obtidas com órgãos ambientais. O Bom Dia Brasil procurou o Ministério do Meio Ambiente. Também em nota, o Ministério disse que o prazo para adequação à nova norma foi de seis anos, mas não esclareceu quais medidas foram tomadas pelos órgãos ambientais nesse período para criar uma rede de coleta.

      O uso do novo extintor é obrigatório desde o início do ano, mas a cobrança de multas, de R$ 127, por descumprimento da regra foi adiada por três meses porque o equipamento está em falta em várias cidades como mostrado no Bom Dia Brasil na semana passada.

    O Conselho Nacional de Trânsito determinou a troca para aumentar a segurança. Os extintores antigos, tipo BC, são recarregáveis. Tinham um ano de validade. Os novos – ABC - não podem ser recarregados, mas tem validade maior, de cinco anos, e também combatem mais tipos de incêndio.
   O Ministério do Meio Ambiente informou que desde 2004 todos os carros já devem sair de fábrica com o novo modelo de extintor. O Bom Dia Brasil também tentou entrar em contato com a Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos contra Incêndio, a Abiex, mas a associação está de férias. No site da associação, também não há nenhuma recomendação clara sobre o que fazer com o extintor antigo. Só diz que o descarte deve seguir a recomendação das normas ambientais de cada estado.

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