
Outras quatro pessoas apresentaram sintomas neurológicos considerados suspeitos, no entanto, os exames laboratoriais descartaram a possibilidade de febre do Nilo. Além dos casos que apresentaram sintomas, foram realizados testes em mais 18 pessoas da região e todos os resultados deram negativo.
Em nota, o Ministério da Saúde ressalta que o caso trata-se de evento isolado, sem identificação de cadeia de transmissão e que passa por investigação detalhada para que se busque esclarecer a maneira de transmissão. A nota diz ainda que o registro não representa significado epidemiológico relevante para o Brasil e nem risco para saúde pública do Piauí.
"A viremia em homens e outros mamíferos é breve e de baixa intensidade, considerada insuficiente para infectar mosquitos. Os hospedeiros naturais do vírus são aves silvestres", diz o comunicado do Ministério da Saúde. O paciente, que estava internado no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, em Teresina já teve alta e atualmente passa por reabilitação e fisioterapia para recuperar o seu estado de saúde.
Segundo Amália Costa, o paciente passou por três pesquisas virais para se comprovar a presença do vírus causador da doença.“Os exames foram realizados ainda no mês de agosto quando o paciente deu entrada no Hospital Natan Portela. Na época ele apresentava dores de cabeça, febre e rigidez no músculo e uma possível infeção”, relatou Amália Costa.
A doença
A febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral causada por um vírus e transmitida por meio da picada de mosquitos comuns, principalmente do gênero Culex. A doença é originária do Egito, norte da África, e cerca de 80% dos casos em humanos não apresentam sintomas. Apenas 20% dos casos apresentam sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, fadiga, dores de cabeça e dores musculares ou articulares, e menos de 1% dos humanos infectados ficam gravemente doentes, sendo que a maioria dos casos graves acomete idosos.
Os sintomas graves incluem febre alta, rigidez na nuca, desorientação, tremores, fraqueza muscular e paralisia. As pessoas gravemente afetadas podem desenvolver encefalite (inflamação do cérebro) ou meningite (inflamação das membranas do cérebro ou da espinal medula). Não existe tratamento específico para a Febre do Nilo. O tratamento do paciente infectado é de suporte e envolve hospitalização, reposição intravenosa de fluidos, suporte respiratório e prevenção de infecções secundárias.
Controle
Equipes do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí ainda estão na região onde o caso foi confirmado. O trabalho consiste em visitas as propriedades rurais, com o objetivo de investigar a possível ocorrência de novos casos, além de orientar a rede do SUS e avaliar a transmissão por meio da população animal de equídeos e aves.
Para as outras regiões do país, a recomendação do Ministério da Saúde é alertar a rede de serviços de saúde para ampliar a vigilância de casos humanos suspeitos da febre, notificando o Ministério de Saúde em até 24 horas. É considerado caso suspeito, paciente com quadro de doença febril inespecífica, acompanhada de manifestações neurológicas de causa desconhecida (compatíveis com meningite, encefalite ou meningoencefalite).
G1 PI
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