A população desocupada das seis principais
regiõesmetropolitanas do país aumentou 22,5% de dezembro do ano passado para janeiro deste ano, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No conceito do IBGE, população desocupada engloba pessoas que - sem trabalho - encontram-se procurando emprego. A pesquisa foi feita em São Paulo, Rio de janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Recife.
Pelos dados, em janeiro, a população desocupada alcançava 1.288 pessoas, ou seja, 237 mil a mais do que dezembro de 2014. Em comparação a janeiro de 2014, os dados do primeiro mês deste ano registram acréscimo de 125 mil pessoas. Os números significam que, em janeiro de 2015, houve o maior crescimento da população desocupada desde que a serie histórica foi iniciada em 2002.
A população ocupada (23 milhões) caiu 0,9% em relação a dezembro (menos 220 mil pessoas) e ficou estável na comparação com janeiro de 2014. A população não economicamente ativa foi estimada em 19,3 milhões, mantendo-se estável em relação a dezembro e crescendo 2,9% frente a janeiro de 2014 (mais 551 mil pessoas).
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,6 milhões) caiu 2,1% em relação a dezembro (menos 253 mil pessoas) e 1,9% na comparação com janeiro de 2014 (menos 224 mil pessoas). O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 2.168,80) ficou 0,4% acima do registrado em dezembro (2.161,20) e 1,7% maior do que o apurado em janeiro de 2014 (R$ 2.133,09). A massa de rendimento médio real habitual (R$ 50,7 bilhões) em janeiro de 2015 registrou queda de 0,4% em relação a dezembro e cresceu 2,0% na comparação com janeiro do ano passado. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (62,5 bilhões em dezembro de 2014) cresceu 11,2% na comparação com novembro de 2014 e 2,5% na comparação com dezembro de 2013.
Desocupação sobe em quatro regiões metropolitanas
Regionalmente, a análise mensal mostrou que a taxa de desocupação aumentou em quatro das seis regiões analisadas: em Recife, passou de 5,5% para 6,7%; em Salvador, passou de 8,1% para 9,6%; em
Belo Horizonte, passou de 2,9% para 4,1%; em São Paulo, passou de 4,4% para 5,7% e nas demais regiões não variou. Em relação a janeiro de 2014, a taxa variou nas regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre (passou de 8,0% para 9,6% na primeira região e na segunda de 2,8% para 3,8%).
Na análise regional, o contingente de desocupados em comparação a dezembro subiu em Belo Horizonte (41,5%), São Paulo (31,6%), Recife (21,7%) e Salvador (20,6%), ficando estável no Rio de Janeiro e em Porto Alegre. No confronto com janeiro de 2014, a desocupação aumentou 39,1% em Porto Alegre e 28,2% em Salvador. Nas demais regiões, não houve variação.
Nível da ocupação fica em 52,8%
O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) foi estimado, em janeiro de 2015, em 52,8% para o total das seis regiões investigadas, ficando 0,5
ponto percentual abaixo do resultado do mês anterior. No confronto com janeiro do ano passado, esse indicador também registrou queda (de 53,7% para 52,8%). Regionalmente, na comparação mensal, Porto Alegre (-1,1 p.p.) e São Paulo (-0,8 p.p.), mostraram retração no nível da ocupação. No confronto com janeiro de 2014, o cenário também foi de queda em Belo Horizonte (-1,7 p.p) e São Paulo (-1,5 p.p.).
Na análise do contingente de ocupados por grupamentos de atividade, para o conjunto das seis regiões, de dezembro de 2014 para janeiro de 2015, foi observada estabilidade em quase todos os grupos, exceto no da Educação, saúde, administração pública (-3,2%). Em comparação com janeiro de 2014, verificou-se retração na Indústria (-6,0%) e elevação nos Outros serviços (3,6%).
Na comparação mensal, rendimento médio cai no Rio de Janeiro e Porto Alegre
Regionalmente, em relação a dezembro passado, o rendimento apresentou retração em Porto Alegre (2,1%) e no Rio de Janeiro (1,5%). Cresceu em Salvador (2,9%), Recife (1,5%), Belo Horizonte (1,4%) e em São Paulo (1,0%). Frente a janeiro de 2014, o rendimento mostrou resultado positivo em Salvador (14,0%), Rio de Janeiro (1,9%), São Paulo (1,5%) e Recife (1,3%). Em Belo Horizonte ocorreu declínio de 2,2% e em Porto Alegre não variou.
Na classificação por grupamentos de atividade, para o total das seis regiões, o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido em relação a dezembro de 2014 foi na Educação, Saúde, Administração(2,2%). Construção (-1,2%) e Outros serviços (-2,4%) apresentaram queda. Na comparação anual, apenas o Comércio (-1,1) apresentou queda