George Araújo, de 42 anos, é professor. Ele dá aulas de inglês e português em uma escola estadual de Campo Redondo e também trabalha numa rádio comunitária. Ele foi um dos que acompanharam o enterro de Piabinha. “Nos últimos três anos, a vira-lata foi a todos os enterros que aconteceram aqui na cidade. Eu, particularmente, a chamava de cachorra solidariedade”, acrescentou.
Piabinha foi encontrada e adotada pelo casal Francisco de Assis Filho e Maria das Vitórias. A cadela estava dentro do chiqueiro da família, ferida após ser atacada por um dos porcos. As mordidas foram tão graves que Piabinha chegou a perder parte de uma das patas traseiras. "Ela tinha quase sete anos quando a achamos e começamos a cuidar dela. Isso foi há três anos. Então, um parente querido da nossa família morreu, e a cachorra acompanhou todo o velório. Desde então, ela passou a seguir todos os sepultamentos", disse Maria das Vitórias ao portal G1.

O professor George Araújo contou que ele próprio presenciou a cachorra acompanhando vários enterros na cidade. “Foi a solidariedade da Piabinha que me chamou a atenção”, afirmou. "Ela sabia diferenciar o sino da igreja. Quando era missa, ela ficava quieta. Quando era enterro, ia até a igreja e aguardava o início do velório. Acompanhava as pessoas até o cemitério da cidade e só deixava o local depois de todo mundo sair", acrescentou Araújo.
Ainda de acordo com o professor, a cadela conquistou a admiração e o respeito da população. “A quantidade de moradores presente no enterro da Piabinha foi a prova disso. Nós resolvemos acompanhar o sepultamento dela, do mesmo jeito que ela fazia pelos humanos", disse ele. Piabinha foi enterrada próximo ao cemitério municipal de Campo Redondo e ganhou aplausos.
Campo Redondo fica na região do Trairí e possui, segundo o IBGE, aproximadamente 10 mil habitantes.
G1/RN
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