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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Dilma Escala Ministros Para Campanha Contra o Zika nos Estados

      Durante a ação, o governo quer levar cerca de 220 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica a 356 municípios para que participem da campanha de conscientização da sociedade com orientações para eliminar o inseto transmissor do vírus Zika.

       A presidenta Dilma Rousseff acertou nesta nesta quarta-feira os últimos detalhes da mobilização nacional de combate ao Aedes aegypti, convocada para o próximo sábado. Ela vai ao Rio de Janeiro e pretende enviar um ministro de estado a cada capital do país para acompanhar os trabalhos das Forças Armadas.

      Durante a ação, o governo quer levar cerca de 220 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica a 356 municípios para que participem da campanha de conscientização da sociedade com orientações para eliminar o inseto transmissor do vírus Zika.

    Durante a tarde e o início da noite, Dilma se reuniu com parte do seu ministério para discutir as ações. Os ministros vão representar o governo federal e monitorar o trabalho de distribuição de material impresso com informações para a população sobre como manter a casa livre dos criadouros do mosquito.

   Os destinos de alguns membros do primeiro escalão já foram definidos, como os do titular da Saúde, Marcelo Castro, que seguirá para Salvador, e o chefe da Casa Civil, ministro Jaques Wagner, que irá a São Luís.    A programação em cada local ainda não foi fechada, já que as prefeituras ainda estão identificando as principais necessidades de cada cidade para a eliminação do mosquito. O Aedes aegypti é vetor da dengue, da febre chinkungunya e do vírus Zika, que pode causar microcefalia em bebês.

    Mais cedo, Wagner e Marcelo Castro conversaram com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, sobre as novas tecnologias de combate ao vírus Zika e o estabelecimento de parcerias com institutos de pesquisa de outros países no desenvolvimento de uma vacina.

      A meta da mobilização nacional é visitar três milhões de residências. A ação vai abranger todas as cidades consideradas endêmicas, de acordo com indicação do Ministério da Saúde, e as capitais do país. A participação da equipe de Dilma em outras cidades no Norte e Nordeste do país também foi resolvida, como Aracaju (Juca Ferreira, da Cultura), Recife (Tereza Campello, Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Maceió (Edinho Silva, Comunicação Social) e Manaus (Ricardo Berzoini).

    Na semana passada, Jaques Wagner, convocou, além dos ministros, secretários executivos dos ministérios, presidentes de empresas públicas, autarquias e fundações federais para que estejam presentes nas capitais e nos municípios de maior porte para acompanhar pessoalmente as ações. A determinação de Dilma é de que cada funcionário público federal ajude a combater o mosquito e sua reprodução.

Agência Brasil

“Virose da Mosca” Lota Hospitais de Todo o Interior do RN

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      O quadro, principalmente de diarreia e vômito, tem se repetido em todo o Estado do RN, Com a chegada das chuvas, as moscas ressurgem e, com elas, as doenças sazonais surto de diarreia, vômito, febre, dor de cabeça, dores musculares que tem acometido um número crescente de moradores no Interior e na Capital. As emergências dos hospitais, de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e os postos de saúde diariamente estão lotadas de pacientes com queixas semelhantes. O médico infectologista Ivo Castelo Branco Coelho lembra que o surto começou antes do Carnaval. “Todos os anos, nessa época, o problema se repete. 
     
      Com as chuvas, os poços transbordam e há a proliferação de moscas, que pousam no ambiente contaminado, disseminando o agente etiológico”, detalha. Como suspeita-se que o principal vetor do surto é a mosca, que proliferou muito nas duas últimas semanas, popularmente, o quadro de náuseas, diarreia e febre passou a ser denominado “virose da mosca”. Entretanto, o agente pode ser vírus ou bactéria. “Não sabemos a causa específica, o agente etiológico desse. Só com realização de exames”, diz Castelo Branco. Na maioria dos casos, não há necessidade de internação.

     O tratamento é feito com hidratação oral. Se houver mais de dez evacuações por dia, com vômito, é preciso reidratação venosa, por algumas horas, em unidade de atendimento médico. Na emergência do Hospital Regional de Iguatu, a toda hora, chegam pacientes apresentando os sintomas da virose. O mesmo ocorre na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Não se tem uma estatística de aumento de casos dos últimos 15 dias, mas os médicos e enfermeiros dizem que o número de pacientes com a queixa da virose triplicou. O médico plantonista Carlos Alberto Brady Moreira disse que, de janeiro a março, é comum o surgimento dessas doenças: “É cíclico. As moscas proliferam e favorecem a contaminação”. Ele reforça a necessidade de hidratação bem feita, principalmente em idosos e crianças. A médica pediatra Lúcia Abrantes, que também atende na emergência do Hospital de Iguatu, mostrou se preocupada com o que chamou de descuido das mães em deixar de usar o soro caseiro ou mesmo do que é distribuído nas unidades do Programa Saúde da Família (PSF): “As crianças chegam com sintomas de desidratação. Nessas duas últimas semanas, houve um aumento significativo”