O quadro, principalmente de diarreia e vômito, tem se repetido em todo o Estado do RN, Com a chegada das chuvas, as moscas ressurgem e, com elas, as doenças sazonais surto de diarreia, vômito, febre, dor de cabeça, dores musculares que tem acometido um número crescente de moradores no Interior e na Capital. As emergências dos hospitais, de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e os postos de saúde diariamente estão lotadas de pacientes com queixas semelhantes. O médico infectologista Ivo Castelo Branco Coelho lembra que o surto começou antes do Carnaval. “Todos os anos, nessa época, o problema se repete.
Com as chuvas, os poços transbordam e há a proliferação de moscas, que pousam no ambiente contaminado, disseminando o agente etiológico”, detalha. Como suspeita-se que o principal vetor do surto é a mosca, que proliferou muito nas duas últimas semanas, popularmente, o quadro de náuseas, diarreia e febre passou a ser denominado “virose da mosca”. Entretanto, o agente pode ser vírus ou bactéria. “Não sabemos a causa específica, o agente etiológico desse. Só com realização de exames”, diz Castelo Branco. Na maioria dos casos, não há necessidade de internação.
O tratamento é feito com hidratação oral. Se houver mais de dez evacuações por dia, com vômito, é preciso reidratação venosa, por algumas horas, em unidade de atendimento médico. Na emergência do Hospital Regional de Iguatu, a toda hora, chegam pacientes apresentando os sintomas da virose. O mesmo ocorre na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Não se tem uma estatística de aumento de casos dos últimos 15 dias, mas os médicos e enfermeiros dizem que o número de pacientes com a queixa da virose triplicou. O médico plantonista Carlos Alberto Brady Moreira disse que, de janeiro a março, é comum o surgimento dessas doenças: “É cíclico. As moscas proliferam e favorecem a contaminação”. Ele reforça a necessidade de hidratação bem feita, principalmente em idosos e crianças. A médica pediatra Lúcia Abrantes, que também atende na emergência do Hospital de Iguatu, mostrou se preocupada com o que chamou de descuido das mães em deixar de usar o soro caseiro ou mesmo do que é distribuído nas unidades do Programa Saúde da Família (PSF): “As crianças chegam com sintomas de desidratação. Nessas duas últimas semanas, houve um aumento significativo”
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